Hospitalidade, turismo e lazer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7784/rbtur.v13i3.1749

Palavras-chave:

Hospitalidade, Lazer, Turismo, Turismo sexual, Overturismo, Escola

Resumo

Este artigo trata das relações conceituais entre hospitalidade, lazer e turismo, das vantagens heurísticas dessa articulação e das suas decorrências para os estudos nessas três áreas, hoje próximas mas ainda separadas. Para tanto, após estabelecer as semelhanças e diferenças entre esses conceitos, pretende mostrar como a articulação desses conceitos pode enriquecer a análise dos casos hoje bastante discutidos do overturismo, da escola e do turismo sexual. Finalizando, mostra que a emergência dos estudos de mobilidade e da economia da felicidade tendem a contribuir ainda mais para a integração dessas áreas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luiz Octávio de Lima Camargo, Universidade Anhembi Morumbi/USP-EACH

Livre-Docente pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Doutor em Sciences de l`Education pela Univ.Sorbonne-Paris V (Rene Descartes) (1982), título revalidado pela FE-USP como Filosofia e História da Educação.

Referências

Augé, M. (1994). Não-Lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. São Paulo: Papi-rus, 1994

Bachelard, G. (1996). A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio: Contraponto.

Bastos, S. R. (2004). Hospitalidade e história: imigrantes na cidade de São Paulo do século XIX. Cadernos CERU (USP), 15, 151 – 164.

Boorstin, D. (1964) The image: a guide to pseudo-events in America. Nova Iorque: Harper and Row.

Bourdieu, P. (2007). A distinção: crítica social do julgamento. São. Paulo: Edusp; Porto Alegre, RS: Zouk.

Boyer, M. (1972). Le tourisme, Paris, Seuil.

Buber, M. (2001). Eu e Tu. São Paulo: Centauro.

Cândido, A. (1964). Os parceiros do Rio Bonito. Rio: José Olímpio.

CEPAL (1963). El desarrollo de America Latina en la post-Guerra.

Charlot, B. (1999). Le rapport au savoir en milieu populaire. Une recherche dans les lycées professionnels de banlieue. Paris, Anthropos

Csikszentmihalyi, M. (1992). A psicologia da felicidade. São Paulo: Saraiva

Dufourmantelle, A. (2003). Anne Dufourmantelle convida Jacques Derrida a falar da Hospitalidade. São Paulo: Escuta.

Flusser, V. (1998). A fenomenologia do brasileiro. Rio: UERJ.

Foucault, M. (1999). As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes

Goodwin, H. (2017). The challenge of overtourism. Responsible Tourism Partnership, Working Paper 4, Octo-ber 2017.

Gotman, A. (2009). O comércio da hospitalidade é possível? Revista Hospitalidade, 6(2).

Holanda, S. B. de (1989). Raízes do Brasil. Rio: José Olympio.

Houallebecq, M. (2002). Plataforma. Rio: Record.

Krippendorf, J. (1989). Sociologia do turismo para uma nova compreensão do lazer e das viagens. Rio: Civili-zação Brasileira.

Lashley, C. & Morrison, A. (2005). Em busca da hospitalidade: perspectivas para um mundo globalizado. São Paulo: Manole.

Lévinas, E. (1988). Ética e infinito. Diálogos com Philippe Nemo. Lisboa: Edições 70.

Léroi-Gourhan, A. (s/d). O gesto e a palavra. 2 vols. Lisboa, Ed.70.

Lugosi, P. & Allis, T. (2019). Migrant entrepreneurship, value-creation practices and urban transformation in São Paulo, Brazil. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 13(1), p. 141-163. DOI: http://dx.doi.org/10.7784/rbtur.v13i1.1538

Maffesoli, M. (2005). À sombra de Dioniso. Porto Alegre: Zouk.

MacCannell, D. (1976). The Tourist. A New Theory of the Leisure Class. Nova Iorque, Schocken Books.

Medeiros, B.; Telles, V. & Allis, T. (2018). Apresentação: Por uma teoria social on the move. Tempo social, 30(2), p. 1-16. DOI: https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2018.142654

Medina, C. A. (1976). O fim de semana da população do Estado da Guanabara. Centro Latino-Americano de Pesquisa em Ciências Sociais-CELAPES

Miguel, L. F. (2016). Da “doutrinação marxista” à “ideologia de gênero. Revista Direito e Práxis, 7(15), 590–621. DOI: https://doi.org/10.12957/dep.2016.25163

Montandon, A. (Org.) (2011). O livro da hospitalidade. São Paulo: SENAC.

Panosso Netto, A. & Trigo, L. G. G (2009). Cenários do turismo brasileiro. São Paulo: Aleph.

Popper, K. (1975). Conhecimento objetivo: uma abordagem evolucionária. Belo Horizonte: Itatiaia.

Pronovost, G. (2018). A construção da noção de « turista » nas ciências sociais. Revista Hospitalidade. 15(2), 158-168. DOI: https://doi.org/10.21714/2179-9164.2018v15n2.009

Sahlins, M. (1979). Cultura e razão prática. Rio de Janeiro: Zahar.

Santos, M. M. C. & Perazzolo, O. A. (2012). Hospitalidade numa perspectiva coletiva: O corpo coletivo acolhe-dor. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo. São Paulo, 6(1), pp. 3-15. DOI: https://doi.org/10.7784/rbtur.v6i1.484

Sheller, M. & Urry, J. (2006) The new mobilities paradigm. Environment and Planning A, 38(2), 207-26. DOI: https://doi.org/10.1068%2Fa37268

Shérer, R. (2004). Hospitalités, Paris: Anthropos.

Smith, V. (1977). Hosts and Guests: The Anthropology of Tourism. Oxford Basil Blackwell.

Souza, A. de (1976). As 24 horas do dia do carioca. Rio: IUPERJ

Viard, J. (2005). Court traité sur les vacances, les voyages et l´hospitalité des lieux. Paris: Editions de l´Aube.

Vincent, J.-D. (2000). Biologia das paixões. Lisboa: Europa-Americana.

World Tourism Organization; Centre of Expertise Leisure, Tourism & Hospitality; NHTV Breda University of Ap-plied Sciences; and NHL Stenden University of Applied Sciences (eds., 2019), ‘Overtourism’? – Understanding and Managing Urban Tourism Growth beyond Perceptions, Volume 2: Case Studies, UNWTO, Madrid, DOI: https://doi.org/10.18111/9789284420629

Publicado

2019-07-01

Como Citar

Camargo, L. O. de L. (2019). Hospitalidade, turismo e lazer. Revista Brasileira De Pesquisa Em Turismo, 13(3), 1–15. https://doi.org/10.7784/rbtur.v13i3.1749

Edição

Seção

Perspectivas